segunda-feira, 11 de maio de 2009

A Moça

A moça que passa nada digo,
Mas olho paras pernas que vão
E enchem minha pélvica de sensação.

A moça que passa nada digo,
Mas respiro o vento que passa por seus cabelos
E chegam a mim trazendo as mais belas paixões.

A moça que passa nada digo,
Mas meus olhos seguem sua cintura cintilante
Que pestana minha mente como um gozo.

A moça que passa nada digo,
Mas vejo seus olhos grandes de Capitu
Que me inebriam os sentidos em ardor.

A moça que passa nada digo,
Mas até mesmo seu nariz empinado é música
Música de tempo vivido e sonhado.

A moça que passa nada digo,
Mas traz minha terra de tão bom que ela é
Ela me deixa cheio de mimos e nostalgia.

A moça que passa nada digo,
Mas é como a nova bossa nova
Sempre alegre, cantando o amor-imperfeito.

A moça que passa nada digo,
Mas é como as noites do meu lugar
De pedras frias, sombras, romântica e solidão.

A moça que passa nada digo,
Mas é como as casas do meu sertão
Singelas e bonitas no que representam.

A moça que passa nada digo,
Mas é como uma supernova
Que rasga o céu de astros em luzes.

A moça que passa nada digo e,
Nem quero dizer pra não perder
O encanto que é lembrar nosso canto.

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