O Livro dos Símbolos
segunda-feira, 2 de julho de 2012
NÃO ERA ENSAIO
domingo, 29 de janeiro de 2012
Exílio
não sou a partida nem a chegada,
meio do caminho que não é caminho
é ponte, travessia, ausência de lugar.
Minha dor vem da dor de não ter
não sou o lugar que ocupo
nem o lugar de onde venho
sou percursor do meu futuro.
Sou presente, esquecido passado e futuro
eterno presente que é sem lugar
sou de todos e nenhum lugar
universal e local.
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Lugar
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
BIOLUMINESCÊNCIA
No fundo do mar
Que é minha’lma.
E como ele,
Esta alma é
Profunda, imensa
E por que não dizer,
Às vezes também obscura.
Recolho-me
Curando o que ainda magoa,
Me perdoando de velhas escolhas,
Para quem sabe, assim
Ressurgir mais inteira,
Autentica, plena
E menos ferida.
Imergindo nesse mar,
Que tantos segredos guarda,
Até mesmo de mim;
Busco pelos seres de bioluminescência,
Com sua beleza toda feita de energia e
Geradores de LUZ!
domingo, 15 de janeiro de 2012
INTUIÇÃO
Confia e espera
Na força que nos divulga
Através da intuição,
A certeza e a esperança
De que dias melhores virão.
Não duvides dessa força
Que nos chega espontânea
E nos cobre de luz,
Pelos fluidos que emana.
Age sempre com brandura
E aceita teu irmão
Que respeitar a fé do outro
É ser mais humano e cidadão.
Então, não esqueces e caminha,
Na certeza
De que dias melhores, virão.
domingo, 6 de novembro de 2011
Boa menina
Às vezes eu penso sobre o que as pessoas esperam de mim
O que esperam como comportamento de uma boa garota?
Seria eu uma boa garota? Bem, se ser uma "boa garota" significa calar
meus sentimentos, desejos, dúvidas, questionamentos e tudo o mais que fala mais
alto em mim... Eu não sei se consigo, por que acima de tudo não sei nem se é
isso que eu deva querer.
Talvez fosse mais fácil, ser a tal boa menina, seguindo o roteiro padrão, mas
me pergunto se eu seria mais feliz... Penso que não.
Como é bom sentir cada célula do seu corpo vibrar... É assim que eu me sinto
quando estou VIVA, embora não possamos esquecer: Há sempre os preços a pagar...
(alguns altos demais, estamos dispostos?) Ás vezes a gente também se queima...
Julgamentos me parecem cada vez mais pobres e dispensáveis, pois em geral se
baseiam em uma visão particular sobre algo ou alguém (detentor de toda a
verdade?)
Ao pensar assim estaria eu sendo omissa e/ou permissiva demais? Temo ser cruel
com outro ser humano, pois muitas vezes me feriram mesmo sem saber. Quantas
vezes eu o terei feito também? Provavelmente inúmeras. Afinal, todos já fomos
atingidos de alguma maneira. Penso em Vinicius de Moraes que em uma de suas inúmeras canções nos disse: “Quem semeia
vento, diz a razão colhe sempre tempestade.”
Se houvesse uma fonte dos desejos diante de mim agora, faria um
único pedido: Não nos deixemos atingir mutuamente!
bjos de amor!
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Destruir
é chegada a hora de andar
a estrada trazida pelo amanhecer
não pode ser negada
caminhar sem medo de partir
sem saber o que há na estrada
até outras madrugadas fatigadas
é a terra que há de engolir
e a noite chegou
sozinho estou no caminho
não espero alvorecer
nem quero
a noite é silêncio-reflexão
vou buscar nela viver
o presente nada mais
o negro céu deixa minha voz voar
rasgar o manto negro
e evolui meu espiríto
mas quando o dia vier
é preciso não ter desperdiçado a noite
abandonar a covardia
encará-lo altivo
e renovar-se na noite seguinte
não quero a razão
quero meu copo vazio
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Ridículo, Bonito
Me sinto flutuar
Em versos romantizados demais
Ridículo demais
Me sinto no ar
Rápido a me levar
O vento não quer cessar
Como a admirar o quadro de arte
Que vejo em cores claras a pular
Não tem explicação
Nem deve ter
Pra ficar a andar no ar.