sábado, 1 de agosto de 2009

Natália

Quando eu for embora
Que fique de mim tudo que não mostrei
Que fique o melhor de mim.
Quando eu for embora
Que lembre dos dias simples
De chuva, de sol
Que me diga tudo o que sempre quis ouvir.
Quando eu for embora
Que não me negues teu beijo
Nem disfarce seu desejo de me querer.
Quando eu for embora
Escreva as palavras mais linda pra mim
Que me diga que sou importante.
Quando eu for embora
Que não se esqueça de mim
Não esqueça de mim no seu coração.
Quando eu for embora
Estarei bem mais feliz pelo desconhecido
E bem melancólico pelo o que fica.
Quando eu for embora
Que estas palavras sejam lidas
E compreendidas no teu coração
Quando eu for embora
Escreverei p'ra ti aquela canção
Que nada diz, mas muito faz.
Estarei distante, numa outra estação
Na luz do silêncio que é essa escuridão.

2 comentários:

Fabio Jardim disse...

mega bom esse. com algumas contradições muito bem construídas, como "...aquela canção / Que nada diz, mas muito faz." e "Na luz do silêncio que é essa escuridão."

Chico Arruda disse...

É "Natália" é contradição mesmo, um mistério. Quando saiu, resolvi que iria ter esse nome, como homenagem a uma amiga.