Pensar o quê do eu?
Por que pensar o eu?
Não é egoísmo?
Não é suicídio não pensar?
Passa carro, sai carro, entra gente
Entra dias e meses, anos, séculos
Que não me faz pensar em nada
Do que já foi pensado, repaginado...
Até mesmo quem canta o novo
O faz pelo o velho de novo
É tanta fala, tanta asneira
Que temos que engolir por aqui
Dizer que já não suporto é bobeira
Porque suporto sim esse cheiro de ralo barato
O que é cheiro de ralo barato meu Deus?
É dessa escrita que falo e espalho...
Mesmo sem dizer não, sem gostar
O mais engraçado são os que analisam
Colocam o par de botas no mundo que anda torto
Mas elegante soltando alguns nomes e frases de fora
Quanta eloquência deste poema safado
Quantos poetas novos mortos
E os poetas do passado? são do passado
E os analistas? são do futuro do pretérito...
Há muito manuscrito sem ser escrito
Há muito escrito sem espírito
De onde vem é requisto para ser lido
Mesmo sem ser correspondido é ouvido
Ah que poema ridículo.
domingo, 21 de novembro de 2010
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Desarmonia
Ah, o imaginário...
Sem ele que graça
o mundo teria?
No fundo a vida não passa disso,
Um mistério embotado por um véu
e nossa própria fantasia.
Uma leitura do mundo
a partir dos conceitos internalizados,
definindo padrões de pensamento,
reproduzindo ações como resultado.
Cada ser em busca do seu tom;
nem sempre estamos em perfeita harmonia.
Nesses momentos o mundo fica em (des)concerto,
E nós, desafinados... Mais nada.
Sem ele que graça
o mundo teria?
No fundo a vida não passa disso,
Um mistério embotado por um véu
e nossa própria fantasia.
Uma leitura do mundo
a partir dos conceitos internalizados,
definindo padrões de pensamento,
reproduzindo ações como resultado.
Cada ser em busca do seu tom;
nem sempre estamos em perfeita harmonia.
Nesses momentos o mundo fica em (des)concerto,
E nós, desafinados... Mais nada.
sábado, 6 de novembro de 2010
A Luz
É a melhor dor que se sente
É mistério que não há de se desvendar
É sorriso no choro
E choro no sorriso
É perdoar sem ser perdoado
É ser perdoado sem saber o que é perdoar
É se iludir de planos e sonhos
É sonhar e refazer os planos e sonhos
Só pra lembrar quanto vale o amor
É ausentar-se de si por outro
É dizer o que não é dizer
É amar no silêncio
O amor é transpor o inimaginável
É correr pra viver um dia
Uma hora, um minuto do outro
É sorrir sem ter do que sorrir
E chorar sem ter por que chorar
Cantar sem saber cantar
Explodir em gozo de alegria
É o encanto de andar junto
A simplicidade de atravessar a cidade pra te encontrar
São os lugares por onde passou
É a paz depois do longo caminho
Poderia ficar a eternidade a falar de ti
E mesmo assim não teria fim
Acabariam as palavras pra falar de ti
E mesmo assim você não terá fim
O que tem fim é a carne
A luz que tu faz chegar não para.
É mistério que não há de se desvendar
É sorriso no choro
E choro no sorriso
É perdoar sem ser perdoado
É ser perdoado sem saber o que é perdoar
É se iludir de planos e sonhos
É sonhar e refazer os planos e sonhos
Só pra lembrar quanto vale o amor
É ausentar-se de si por outro
É dizer o que não é dizer
É amar no silêncio
O amor é transpor o inimaginável
É correr pra viver um dia
Uma hora, um minuto do outro
É sorrir sem ter do que sorrir
E chorar sem ter por que chorar
Cantar sem saber cantar
Explodir em gozo de alegria
É o encanto de andar junto
A simplicidade de atravessar a cidade pra te encontrar
São os lugares por onde passou
É a paz depois do longo caminho
Poderia ficar a eternidade a falar de ti
E mesmo assim não teria fim
Acabariam as palavras pra falar de ti
E mesmo assim você não terá fim
O que tem fim é a carne
A luz que tu faz chegar não para.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Canto Solitário
Alguém foi feliz quando houve sorrisos e um casamento ao luar
Ali estavam corpo e alma que voavam além do capaz
Eu lembro dos planos e ideias de um lugar
Ali se tinha o melhor do que a paz
Lembre-se com carinho de mim
De tudo não ficou nada porque não existe o nada
O que ficou não me faz tanto bem assim
Sem querer me lembrar me lembro caio na cilada
Busco em outros braços o fim do desespero
Me rasgo em pedaços falsos pra nascer de novo
Não me faço em astro mas me vejo no espelho
Uma alma forte sem casa sem lugar sem nada de novo
Me espanta este canto escuro em meio a luz
Se uso português errado pronomes fora de lugar
Adjetivos melosos é que me sinto santo sem cruz
E não me diga que sente pois isso não vai mudar
O que conforta é a impureza do meu andar
Não valho nada sei me diz o dono do mistério
Ali estavam corpo e alma que voavam além do capaz
Eu lembro dos planos e ideias de um lugar
Ali se tinha o melhor do que a paz
Lembre-se com carinho de mim
De tudo não ficou nada porque não existe o nada
O que ficou não me faz tanto bem assim
Sem querer me lembrar me lembro caio na cilada
Busco em outros braços o fim do desespero
Me rasgo em pedaços falsos pra nascer de novo
Não me faço em astro mas me vejo no espelho
Uma alma forte sem casa sem lugar sem nada de novo
Me espanta este canto escuro em meio a luz
Se uso português errado pronomes fora de lugar
Adjetivos melosos é que me sinto santo sem cruz
E não me diga que sente pois isso não vai mudar
O que conforta é a impureza do meu andar
Não valho nada sei me diz o dono do mistério
sábado, 23 de outubro de 2010
Malabarismo Verbal
Malabarismo de palavras, por um triz na semântica
E quem vai dizer que entendeu isso?
E não importa entender
Importa?
Levar a palavra talhada, entalada
Na garganta sem gritar
Como enlatada estivesse
Não, definitivamente não importa entender
Só quero gritar, gritar a palavra
Gritar os palavrões que lhe caem bem
Só quero falar, gritar, pra andar.
E quem vai dizer que entendeu isso?
E não importa entender
Importa?
Levar a palavra talhada, entalada
Na garganta sem gritar
Como enlatada estivesse
Não, definitivamente não importa entender
Só quero gritar, gritar a palavra
Gritar os palavrões que lhe caem bem
Só quero falar, gritar, pra andar.
domingo, 17 de outubro de 2010
Estética
Casa. Alegria. Saudade. Caminho. Loucura. Realidade?
De onde escreve. Quem é. Classe. Estética?
Neorealismo. Regionalismo. Nacionalismo. Poesia?
Real. Individual. Maracatu. Urbano. Poeta?
Ando cansado de tanto ponto
Tanta palavra por palavra
Tanto realismo de classe
De Nacionalismo individual
De palavrão também cansei
Do regionalismo de mentira
Do universal que aliena
De quem escreve , de onde escreve e vira poesia
Chega, não compreendo meu tempo.
De onde escreve. Quem é. Classe. Estética?
Neorealismo. Regionalismo. Nacionalismo. Poesia?
Real. Individual. Maracatu. Urbano. Poeta?
Ando cansado de tanto ponto
Tanta palavra por palavra
Tanto realismo de classe
De Nacionalismo individual
De palavrão também cansei
Do regionalismo de mentira
Do universal que aliena
De quem escreve , de onde escreve e vira poesia
Chega, não compreendo meu tempo.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Escrever é trabalho
Ando ocioso, ando calado, desinibido
Escrever requer ociosidade entalado
Trabalhar o ócio nada óbvio
Se ando não tô parado
Se escrevo não é ócio
O que faço é ideológico
Então não me digas o preço do relógio
Pois sabes que não cultivo ócio.
Escrever requer ociosidade entalado
Trabalhar o ócio nada óbvio
Se ando não tô parado
Se escrevo não é ócio
O que faço é ideológico
Então não me digas o preço do relógio
Pois sabes que não cultivo ócio.
domingo, 10 de outubro de 2010
Que Voe Mais Alto
Há tanto tempo não me via
Na mistura de identidades
Buscava um reencontro com o que havia.
Tendo em mim diversas cidades
Sem crer numa verdade
Não podia pensar no infinito.
Nada mudava senão as idades
Agora que voe mais alto
Contemplando a simplicidade
Entender sem pensar, só sentir.
Glória ao sorriso.
Na mistura de identidades
Buscava um reencontro com o que havia.
Tendo em mim diversas cidades
Sem crer numa verdade
Não podia pensar no infinito.
Nada mudava senão as idades
Agora que voe mais alto
Contemplando a simplicidade
Entender sem pensar, só sentir.
Glória ao sorriso.
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