domingo, 21 de novembro de 2010

Poema Ridículo

Pensar o quê do eu?
Por que pensar o eu?
Não é egoísmo?
Não é suicídio não pensar?

Passa carro, sai carro, entra gente
Entra dias e meses, anos, séculos
Que não me faz pensar em nada
Do que já foi pensado, repaginado...

Até mesmo quem canta o novo
O faz pelo o velho de novo
É tanta fala, tanta asneira
Que temos que engolir por aqui

Dizer que já não suporto é bobeira
Porque suporto sim esse cheiro de ralo barato
O que é cheiro de ralo barato meu Deus?
É dessa escrita que falo e espalho...

Mesmo sem dizer não, sem gostar
O mais engraçado são os que analisam
Colocam o par de botas no mundo que anda torto
Mas elegante soltando alguns nomes e frases de fora

Quanta eloquência deste poema safado
Quantos poetas novos mortos
E os poetas do passado? são do passado
E os analistas? são do futuro do pretérito...

Há muito manuscrito sem ser escrito
Há muito escrito sem espírito
De onde vem é requisto para ser lido
Mesmo sem ser correspondido é ouvido

Ah que poema ridículo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Se você me procurasse nos meus mais íntimos sonhos, você se espantaria com minha presença constante junto a você.

Chico Arruda disse...

O que mes espanta neste momento é seu anonimato rsrs