segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quando o mundo silencia

Recebo-te como ao velho amigo
Que retorna de uma longa viagem
Abro as portas de casa e do meu saudoso
e amedrontado coração.

A sua chegada já tão desejada e esperada
Traz consigo o fantasma dos mal entendidos
E os motivos de nossa mais recente separação.

Sinto (ou criei?) isso de haver em nós
Um vínculo especial e invisível,
Que resiste ao tempo e nossos receios.
E assim, me recuso a acreditar
Ser isso apenas ilusão ou desejo.

Sabemo-nos cúmplices
de nossa própria humanidade
acertos e erros.

Somos piada e dor, sombra e clarão,
Amantes da noite,
Quando o mundo silencia

É nessas horas caladas em que
Torno-me menos endurecida.
Afrouxo as amarras do peito e
Desejo ter de novo, tua presença,
Tua mão amiga e minha cabeça em teu peito.

2 comentários:

Chico Arruda disse...

Natália lembra Florbela completamente, coisa de mulher apaixonada rs.....gostei muito, bom ~ver você por aqui de novo. Beijos!!!

Natália Braga disse...

Meu caro amigo, isso é o máximo que posso esperar de um elogio. Ser comparada a Florbela é uma honra, obrigada. E quanto ao apaixonada, só espero não parecer boba ou clichê...rsrsrs... Um grande beijo!