Recebo-te como ao velho amigo
Que retorna de uma longa viagem
Abro as portas de casa e do meu saudoso
e amedrontado coração.
A sua chegada já tão desejada e esperada
Traz consigo o fantasma dos mal entendidos
E os motivos de nossa mais recente separação.
Sinto (ou criei?) isso de haver em nós
Um vínculo especial e invisível,
Que resiste ao tempo e nossos receios.
E assim, me recuso a acreditar
Ser isso apenas ilusão ou desejo.
Sabemo-nos cúmplices
de nossa própria humanidade
acertos e erros.
Somos piada e dor, sombra e clarão,
Amantes da noite,
Quando o mundo silencia
É nessas horas caladas em que
Torno-me menos endurecida.
Afrouxo as amarras do peito e
Desejo ter de novo, tua presença,
Tua mão amiga e minha cabeça em teu peito.
2 comentários:
Natália lembra Florbela completamente, coisa de mulher apaixonada rs.....gostei muito, bom ~ver você por aqui de novo. Beijos!!!
Meu caro amigo, isso é o máximo que posso esperar de um elogio. Ser comparada a Florbela é uma honra, obrigada. E quanto ao apaixonada, só espero não parecer boba ou clichê...rsrsrs... Um grande beijo!
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