terça-feira, 8 de setembro de 2009

Indiferença

O que antes era entendimento, cumplicidade e desejo,
de repente, muda de estado, muda-se o jeito.
Há palavras não ditas, outras pressentidas,
em meio a expressões traiçoeiras e esclarecedora ausência.
Como uma taça quebrada, a única regra foi violada,
mas antes um brinde foi feito.
Depois de tanto afeto dado, o vinho tinto suave derramado,
não há mais nada a fazer.
Que cessem os olhares tortos e a investigação alheia...
O peso de ter que me esconder.
Sentimento nunca deve ser mendigado ou cobrado,
se surge é espontaneamente...
Mas nunca retribuído com amarga indiferença!

6 comentários:

Anônimo disse...

O inicio do fim...
Triste a solidão que ocupa o espaço deixado pela paixão, pela loucura e o frio que é saltar nesse abismo...
O pára-quedas nunca abre!
Estava com saudades de suas palavras, rs.
E como dizia o Pequeno Poeta: “Que seja infinito enquanto dure.”

Natália Braga disse...

Obrigada pelos comentários smepre positivos aos meus escritos, mas quem és anônimo?!

Unknown disse...

Muito bom.Influências do grande Nélson Rodrigues?(notei uma certa transposição da tragédia para um lirismo surreal).

Anônimo disse...

Perdão por postar como anônimo!
Chamo-me Eliane e moro no RJ.
Acompanho o blog faz um tempo...

Natália Braga disse...

Oi Eliane, fico feliz em conhece-la e sinta-se a vontade paa continuar comentando...um bj!

Chico Arruda disse...

Gostei bastante, e achei legal os comentários, as relações que os leitores fizeram, muito interessante..... beijos!!!