Foi na letra F do 11º que veio chegando, descendo...
Apesar de ter vindo de cima e ido pra cima
Ainda sim é considerado baixo mesmo sendo alto
Pois o que desce do Norte não é valorizado
Mas disso minha mãe já me dizia
Eu, de teimoso, que vim ou foi de sair?
Sair e voltar, voltar e ficar, ficar e transformar
Mas saí, não voltei, aqui fiquei e nada mudei.
Mas não escrevo para encerrar
Já que o tempo ainda não acabou
Ainda haverá chance de chegar
Mas sei do meu espiríto inquietante
Sei que sou nômade
Já era nômade quando vivia no mesmo lugar
Perdoe-me, meus pais, irmãos e amigos
A inconstância de ser e o tédio de ser um
No princípio quis ganhar o mundo
Mas ele não está em aposta ( mas ainda o ganho)
Depois quis abraçá-lo e conhecer todos os lugares
Ainda não completei essa verdade.
Mas um dia volto, não será o mesmo Eu
Mas voltarei pras coisas que são minhas por direito
Como minha terra, minha casa, minha rua, minha noite
E voltarei subindo pro norte-nordeste
Subindo, mas nem precisava porque lá
Já sou grande, grande para os meus
Aqui já sou grande por ser um nordestino
Que desceu, conheceu, amou, sonhou, viajou, voou e não se encerrou.
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