terça-feira, 31 de agosto de 2010

Celeste

Esse poema é so pra dizer que não teve o que sentir
Passou agosto e ganhei uma prece e fiz uma oração
Cantei pro sonho acontecer numa oração
Vi a beleza da vida e posso dizer o que é sentir.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Duas Mãos

Você mentiu, disse não querer me ferir
Querendo acreditar eu permiti, mas não me perdi
Vou chorar essa dor, até secar a parte que era você
E desfazer o que achei, um dia ser amor.

Vi no meu mundo se instalar
uma idéia de beleza e ternura,
que tolice, era pura fantasia.

Agora em volta tudo é deserto,
mas em tempo breve, ficará tudo certo
Secadas as lágrimas serei de novo liberta
e te retribuirei com a pior das moedas:
um altivo obrigada e minha sincera indiferença!

É preciso mudar,
renovar que seja enfim
E que esteja sem medo de falar
Vejo no meu mundo uma esperança,
fruto de uma mudança
Todo recomeço antecede um fim.

por: chico arruda e natália braga

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Tributo à Vida

Não sei se corro ou ando na vida
Tudo me vem que desejo
Não sei se sou eu o errado ou o tempo das coisas
Canto glória o que na força do amor almejo

A minha luz é cercada de sombras
Ou serei eu mal iluminado pela fonte
Talvez só seja eu um reclamão casmurro
De qualquer forma faço da dor meu escudo

Não sei do que me protejo
Mas bate forte no metal
Talvez agora seja a ajuda que preciso
E que me leve de fato ao final

Sendo bom ou ruim é o fim
Se ruim fico mal de mim
Se bom não quero que termine logo
Peço ao tempo mais tempo ante ao fim

E me pergunto se podem me roubar a felicidade
Se não depende da minha ordem
Ela permanecer aqui até mudar de idade
O que estou a fazer da minha felicidade

É pura distorção do corpo
A alma que não se encaixa
É coração que não tem medo de errar
Luz que só quer brilhar

Não sei pra quê tantas dúvidas e respostas
Se duvidar já é não saber a pergunta
Se o bom de viver é dar perguntas as respostas
Tocar na vida só o que importa.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pai, Filho, Espírito

Ontem era filho
Hoje é pai
Sempre espírito
Meu filho que sou sem ser pai?
Meu pai que sou sem ser filho?
Estou com saudade de vocês
Meu pai não vem de mim
Meu filho é meu pai duas vezes
Meu espírito está com vocês
Meu pai, meu filho
Eu, tudo, enfim
Meu espírito sempre teu.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quando o mundo silencia

Recebo-te como ao velho amigo
Que retorna de uma longa viagem
Abro as portas de casa e do meu saudoso
e amedrontado coração.

A sua chegada já tão desejada e esperada
Traz consigo o fantasma dos mal entendidos
E os motivos de nossa mais recente separação.

Sinto (ou criei?) isso de haver em nós
Um vínculo especial e invisível,
Que resiste ao tempo e nossos receios.
E assim, me recuso a acreditar
Ser isso apenas ilusão ou desejo.

Sabemo-nos cúmplices
de nossa própria humanidade
acertos e erros.

Somos piada e dor, sombra e clarão,
Amantes da noite,
Quando o mundo silencia

É nessas horas caladas em que
Torno-me menos endurecida.
Afrouxo as amarras do peito e
Desejo ter de novo, tua presença,
Tua mão amiga e minha cabeça em teu peito.