terça-feira, 29 de junho de 2010

É a Vida

Essa sucessão de dias e noites
É um absurdo que me diz todo dia
Que estou vivo, morto para alguns
Estranho para outros, esquecido para tantos.

É uma sucessão de acontecimentos
Em que não há rima perfeita
Mas existe encadeamento, em que sou o líder
Dos meus próprios erros e acertos.

Ela é sublime e assustadora também
Quando penso que acabou, apenas começou
E quando começa passa tão rápido o sim
Mas ainda sim não é o fim.

Hoje então nem ilusão de perfeita tens
Perdão é uma virtude dos nobres
Que cultivam amando ao espírito descrente
Não se esconda de mim.

Sabe essa vida não vai ser
E meus momentos não serão os mesmos
Nem minhas lágrimas serão
Dedico tempo e juventude no que acredito
Não me arrependo vida
Mas confesso que estou com medo.

sábado, 26 de junho de 2010

Neste tempo

Tempo sempre esteve presente
De tanto tempo se tornou ausente
E não está mais em minhas mãos
Escrever a letra desta canção
Quando você foi embora
Estranhos são os dias após aquela hora
Meu mundo não caiu
Mas não aceitou você partiu
Meu espírito mais triste ficou
Num plano diverso ele te reencontrou
E uma vida a mais longe do amor
A esperar você noutra vida sem tanta dor
Quero que seja nesta vida pra sempre meu amor.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Simples

É sempre o mesmo fim
Quase um amor, uma paixão
Tudo se encerra em mim
Na mais bela e intensa ilusão.

Ontem contei meus erros
E foram maiores que meu coração
Não superar desesperos
Esquinas mais de um milhão.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Morri

Eu morri,
Morri por volta das dezenove horas de um domingo qualquer
Foi uma morte dolorida, suja, mentirosa, nua
Uma louca despedida do corpo de onde fui arrematado
Para um outro mundo de onde escrevo agora
Não sou Brás Cubas, nem comparem por favor,
Estou mais para Lima no cemitério dos vivos
Ou um Baudelaire de flores nas mãos
Mas não estou mais entre vós
Estou aqui num espaço diferente
Num mundo distante sem coração
Ah.... meu coração que tanto amou na vida
Suspirou, apertou, iludiu e se iludiu
Mas amou, mas aqui ele não me serve de nada
Por isso não o quero mais
Quando morri ninguém percebeu, ninguém viu
Nem mesmo o tempo viu
Dois dias depois da minha morte fui
Me achar no tempo dos vivos como zumbi
E no meu quintal parou uma nave
Que me salvou da morte animal
Que é aquela que continua matando todo dia
Eu morri,
Morri para o meu mundo concreto
Para o meu jeito certo
De quem acha que a felicidade não é estado
Para aquele que acredita que perdão é amor
Perdão é a ausência de amor
Morri,
Pra nascer de novo
Viver de novo
Amar de novo
Mais forte ainda, com mais desejo ainda
Sonhar, crer na felicidade de novo
Nasço hoje às vinte horas de uma segunda-feira
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Nasci...