Do outro lado de lá
Do outro lado estar
O sol de inverno encaracolado
O raio de verão nos cabelos melados.
Dessa janela ainda desço
E mergulho não p'ra dormir naquele berço
Mas para fazer festa nos seus adereços
Ate não saber mais voltar pro meu endereço.
Meus olhos fixos naquela residência
Já começo achar que não há nenhuma resistência
É só atravessar a rua perpendicular à minha janela
E ela já a me esperar, ali já está ela como uma sentinela.
Sempre de vestido de cor viva no portão
Enlouquece meus olhos secos de solidão
Do outro lado da rua canto qualquer canção
Na tentativa, em vão, de chamar sua atenção.
Do outro lado de lá
Do outro lado de cá
Poucos metros p'ra misturar
Cores, palavras e Iemanjá
Adoro seu estilo, desbocada e atrevida
Nada convencional na minha vida
Mas muito interessante por uns dias
Basta atravessar a rua de nossas vidas.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Mal de Mim
Escrevo por não escrever
Escrevo por ser loucura escrever
Escrevo não para ficar louco
Escrevo por ser louco.
Nem tudo vivi, senti
Nem tudo provei, usei
Nem tudo chorei, gritei
Nem tudo amei, detestei.
Têm dias que me sinto assim
Usando verbos impessoais p'ra mim
Outras vezes uso pronomes
Que não me dizem nada, só nomes.
O que quero Aqui
O que tem Ali
Isso cansa, dá sono.
Não sei mais se quero
A Esperança é desespero
A solidão só aguça meus medos
Isso cansa, dá sono.
Escrevo por ser loucura escrever
Escrevo não para ficar louco
Escrevo por ser louco.
Nem tudo vivi, senti
Nem tudo provei, usei
Nem tudo chorei, gritei
Nem tudo amei, detestei.
Têm dias que me sinto assim
Usando verbos impessoais p'ra mim
Outras vezes uso pronomes
Que não me dizem nada, só nomes.
O que quero Aqui
O que tem Ali
Isso cansa, dá sono.
Não sei mais se quero
A Esperança é desespero
A solidão só aguça meus medos
Isso cansa, dá sono.
Canção da Ana
Ando pensando em você/ O que vai fazer, como deve estar
Mas nessa hora deve tá chegando no colégio,/ depois ir pra casa
Você está tão certa, tão moderna/ Tão incerta, você está tão esperta
Não há como negar esse brilho negro/ Que insiste em desvendar meus segredos
Tão moderna, tão certa, tantos medos/ Você é assim de batalha cotidiana
E no resto do dia penso em ligar, / Mas anda preocupada com a prova do vestibular
E quando chega a noite só pensa em descansar/ Promete me visitar, dizer um "olá"
Hoje fez um dia bom e só queria escrever uma canção
Uma canção sem rima, sem rima uma canção.
Ando pensando em você/ O que vai fazer, como deve estar
Nessa hora deve tá usando o computador,/ depois ir pra cama.
Mas nessa hora deve tá chegando no colégio,/ depois ir pra casa
Você está tão certa, tão moderna/ Tão incerta, você está tão esperta
Não há como negar esse brilho negro/ Que insiste em desvendar meus segredos
Tão moderna, tão certa, tantos medos/ Você é assim de batalha cotidiana
E no resto do dia penso em ligar, / Mas anda preocupada com a prova do vestibular
E quando chega a noite só pensa em descansar/ Promete me visitar, dizer um "olá"
Hoje fez um dia bom e só queria escrever uma canção
Uma canção sem rima, sem rima uma canção.
Ando pensando em você/ O que vai fazer, como deve estar
Nessa hora deve tá usando o computador,/ depois ir pra cama.
sábado, 15 de agosto de 2009
Peça Improvisada
Deveríamos compartilhar
Seríamos um só em nós
Mas não queria que fosse assim
Um teatro sem peça p'ra improvisar.
Me diga algo de novo
Me diz, me diz, me diz
Algo de bom, de certo
Me diz sobre sua vida.
Tem tempo bom, tem tempo ruim
Tem tempo redundante, espaço vazio
Tem gente de finalidade, de meia-idade
Tem coisa que não se explica nem se respira.
Meu medo está longe daqui
Isso me causa medo da esquina
Deveríamos compartilhar...
Não há mais o que encenar.
Seríamos um só em nós
Mas não queria que fosse assim
Um teatro sem peça p'ra improvisar.
Me diga algo de novo
Me diz, me diz, me diz
Algo de bom, de certo
Me diz sobre sua vida.
Tem tempo bom, tem tempo ruim
Tem tempo redundante, espaço vazio
Tem gente de finalidade, de meia-idade
Tem coisa que não se explica nem se respira.
Meu medo está longe daqui
Isso me causa medo da esquina
Deveríamos compartilhar...
Não há mais o que encenar.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Inverso
É um grito, um desespero, uma fome
É uma onda gigante, quase um sono
Essa certeza que não quer passar
Esse ar de amigo inverso que insiste em falar.
Inverso, insucesso, fim do universo
Estão acabando com os versos
Mas não desejo bonsucesso
Neste sol de inverno.
Nem adianta pensar
Que não passa, não passa, não cala
Meus amigos já não me entendem mais
Meus pais já não sabem mais de mim.
Se disser verdade é mentira
Se disser mentira é uma verdade, eternidade, saudade
Não não não, chega de calma, da calma
É tanta maldade que a tevê parou.
É uma onda gigante, quase um sono
Essa certeza que não quer passar
Esse ar de amigo inverso que insiste em falar.
Inverso, insucesso, fim do universo
Estão acabando com os versos
Mas não desejo bonsucesso
Neste sol de inverno.
Nem adianta pensar
Que não passa, não passa, não cala
Meus amigos já não me entendem mais
Meus pais já não sabem mais de mim.
Se disser verdade é mentira
Se disser mentira é uma verdade, eternidade, saudade
Não não não, chega de calma, da calma
É tanta maldade que a tevê parou.
domingo, 9 de agosto de 2009
Da Fonte
Você é Luz neste espaço cósmico
É a Escuridão que preenche essa Luz
Muito mais que isso, é meu guia
Prefiro errar contigo
A ter que acertar sozinho.
É a Escuridão que preenche essa Luz
Muito mais que isso, é meu guia
Prefiro errar contigo
A ter que acertar sozinho.
Do Espírito
E essa essência que não me deixa em paz
Paz que tenho no meio da multidão
De gritos dentro desse quarto
Que não ultrapassam as paredes do meu corpo.
Este delito que cometemos
Foi profano demais
Incerto demais
E o que me resta?
Dessa dor que não tem motivo
Justamente por não ter razão que é dor
Quero fugir
Quero ficar
Desse ritmo de recomeço
Já perdi, mas hoje comecei a ganhar
Ganhar uma esperança de viver
Assim começo outra vez
Mas de espírito limpo
Não há nada de errado comigo.
Paz que tenho no meio da multidão
De gritos dentro desse quarto
Que não ultrapassam as paredes do meu corpo.
Este delito que cometemos
Foi profano demais
Incerto demais
E o que me resta?
Dessa dor que não tem motivo
Justamente por não ter razão que é dor
Quero fugir
Quero ficar
Desse ritmo de recomeço
Já perdi, mas hoje comecei a ganhar
Ganhar uma esperança de viver
Assim começo outra vez
Mas de espírito limpo
Não há nada de errado comigo.
Cidades
Vai, tira logo esse ar pesado da sala/ Vai, e me deixa em paz.
Aliás não vai, fica e me satisfaz/ E tenta não quebrar o encanto.
A liberdade de ser vai dentro de mim, no grito.
A felicidade é só um estado de espírito
Aliás não vai, fica e me satisfaz/ E tenta não quebrar o encanto.
A liberdade de ser vai dentro de mim, no grito.
A felicidade é só um estado de espírito
sábado, 1 de agosto de 2009
Natália
Quando eu for embora
Que fique de mim tudo que não mostrei
Que fique o melhor de mim.
Quando eu for embora
Que lembre dos dias simples
De chuva, de sol
Que me diga tudo o que sempre quis ouvir.
Quando eu for embora
Que não me negues teu beijo
Nem disfarce seu desejo de me querer.
Quando eu for embora
Escreva as palavras mais linda pra mim
Que me diga que sou importante.
Quando eu for embora
Que não se esqueça de mim
Não esqueça de mim no seu coração.
Quando eu for embora
Estarei bem mais feliz pelo desconhecido
E bem melancólico pelo o que fica.
Quando eu for embora
Que estas palavras sejam lidas
E compreendidas no teu coração
Quando eu for embora
Escreverei p'ra ti aquela canção
Que nada diz, mas muito faz.
Estarei distante, numa outra estação
Na luz do silêncio que é essa escuridão.
Que fique de mim tudo que não mostrei
Que fique o melhor de mim.
Quando eu for embora
Que lembre dos dias simples
De chuva, de sol
Que me diga tudo o que sempre quis ouvir.
Quando eu for embora
Que não me negues teu beijo
Nem disfarce seu desejo de me querer.
Quando eu for embora
Escreva as palavras mais linda pra mim
Que me diga que sou importante.
Quando eu for embora
Que não se esqueça de mim
Não esqueça de mim no seu coração.
Quando eu for embora
Estarei bem mais feliz pelo desconhecido
E bem melancólico pelo o que fica.
Quando eu for embora
Que estas palavras sejam lidas
E compreendidas no teu coração
Quando eu for embora
Escreverei p'ra ti aquela canção
Que nada diz, mas muito faz.
Estarei distante, numa outra estação
Na luz do silêncio que é essa escuridão.
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