Pouco a pouco, o dia fica torto, vida, a vida a cidade se completa/Avenida segue reta indo em direção ao sentido reto esquecido da noção/ Em cada passo mil esquinas/ cidade torta, morta/ e os sonhos são sonhos/ a bater na porta, torta, solta em suspensão no ar do mar de carros, cheio de barro e lama, do rio, do fio de cobre, do joão que morre como nuvem no céu/vento a passear, livre como o tempo solto, como o ar e corta como um rio, rio, rio/ cidade aberta me espera, me acerta, me flerta, me leva como o rio, rio, rio/ Rio de riso, rio, rio, Riu o rio, riu do medo, do medo do povo, o polvo, estorvo de novo das águas dos olhos que não escorrem da fome, do oco vazio que consome o homem. E passo, passo pela cidade em passos, passos/ E não há mais espaço e espaço, sou pedaços/ Dos outros, do mundo, pedaços de aço, sou pedaço de traço/ só-rio, ex-corre-o-homem, pelas águas que sem pressa, so-correm o homem ou laço sem nó,/sou do mundo, sou todo mundo sou muito sou/ só sou eu, sou um, são tantos que eu pareço apenas mais, mais um.
Por: Chico/ Dandy/ Giselle/ Rafael
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